terça-feira, 5 de junho de 2007

Inauguração!!!

Oi, gente!
É com muita alegria que faço a primeira postagem do nosso blog de discussão sobre a Teia do Conhecimento. Pois é, vamos ver como será pra nós trocarmos idéias via internet. Pra começar vou colocar aqui o texto que trabalhamos no último encontro da Teia. Ele fala um pouco sobre as mudanças que a internet trouxe para o processo de produção e disseminação do conhecimento, ou seja: tudo a ver com a gente. Aí está. Leiam e, se possível, façam comentários. É bom a gente ir experimentando as potencialidades desse tal "mundo virtual". Bjs a todos!!!

A Internet como objeto de formação de sujeitos aprendizes
Cíntia Rúbia Braga Gontijo (site: Sua escola a 2000 por hora – Instituto Ayrton Senna)

Entende-se a Internet como sendo um sistema mundial de rede de computadores interligados que falam o mesmo protocolo para se comunicarem e interagirem para trocar dados. Suas páginas são criadas através de textos, imagens, sons, filmes, animações e principalmente através de hiperlinks, links ou hipertextos que são elementos (palavras, imagens, etc) colocados nas paginas que abrem outros elementos a paginas quando acionamos através de um clique do mouse.
A Internet é um recurso importante para os processos pedagógicos fundamentados na interatividade entre informação e seu usuário, isto é, na idéia de que a elaboração ativa do conhecimento é obtida pela interação do sujeito com o mundo das pessoas e dos objetos, sempre em comunidade.
A cultura fornece um enorme equipamento cognitivo aos indivíduos. A cada etapa de nossa trajetória social, a coletividade nos fornece línguas, sistemas de classificação, conceitos, analogias, metáforas, imagens, evitando que tenhamos que inventa-las por conta própria. Mas grupos ou mesmo indivíduos podem, não sem alguma dificuldade, colocar em questão uma parte destas delimitações conceituais. Os sujeitos individuais não se contentam apenas em transmitir palavras de ordem ou em dar continuidade passivamente as analogias de suas culturas, ou aos raciocínios de suas instituições. De acordo com seus interesses e projetos, eles deformam ou reinterpretam os conceitos herdados. Eles inventam no contexto procedimentos de decisão ou novas participações do real. (LÉVY, 1995: 142-144).
Certamente, com base nessas idéias, os indivíduos podem contribuir para modificações permanentes nas máquinas pensantes que são as instituições, ao mesmo tempo em que modificam suas próprias elaborações sobre o conhecimento. Nesse contexto transformador as novas tecnologias de informação, em especial a Internet, emergem como agentes privilegiados para promover importantes mudanças na formação dos indivíduos.
Mediante essas idéias educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas.Trata-se de também formar os indivíduos para "aprender a aprender", de modo a serem capazes de lidar positivamente com a continua e acelerada transformação da base tecnológica. (BRASIL, MCT. Sociedade da Informação no Brasil. Livro Verde: 2000, p, 45) Nesse enfoque formar torna-se um processo no qual as pessoas vão aprendendo a tomar decisões com base em escolhas informadas nos mais diversos âmbitos da sua vida em sociedade.
As aplicações das tecnologias digitais no cotidiano escolar podem promover importantes transformações nesses espaços. Tais tecnologias em si não modificam as velhas práticas pedagógicas de ensino baseadas em visões estáticas e fechadas do conhecimento. As possibilidades de transformação que elas ensejam sobre as praticas educacionais necessariamente tem como eixo central uma nova postura diante conhecimento, uma mudança de atitude em busca da unidade de pensamento.
Nesse sentido, a formação torna-se um processo dinâmico, integrador e, sobretudo dialógico. O ponto de partida e de chegada da pratica transformadora está na ação, no regime de mutualidade e co-propriedade das informações e conhecimentos entre os diversos sujeitos envolvidos no processo pedagógico.
Essas concepções afastam a idéia de tecnologias instrumentais baseadas num paradigma instrucionista. Tais significações/re-significaçoes da Internet e do ciberespaço constituem-se em alternativas pedagógicas para os processos de aprendizagem. Acreditamos que a utilização da Internet em ambientes escolares possibilitam novas formas de comunicação e relacionamento, tomando características menos lineares e rígidas (topológicas), mais intuitivas e próximas de nossa maneira de perceber o mundo.

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Franciele. Achei esta idéia do blog muito legal. Parabéns pela iniciativa!
Abraços,
Carolina